quarta-feira, 27 de maio de 2009

notícias para poesias

São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2008
Texto Anterior Próximo Texto Índice foco"Triste é ficar e suportar toda a tristeza", diz ex-moradora do Alto do Baú
DO ENVIADO A ILHOTA
A imagem de pânico no rosto de Teresinha Floriano, 40, ao ser resgatada de helicóptero não era só reação momentânea por ter ficado três dias sob ameaça de deslizamentos de terra no Alto do Baú, região de Ilhota mais atingida pelas enchentes em SC.As lágrimas no rosto que continuam até hoje a cada abraço, a cada conversa, eram também um sinal de desespero por ter deixado de lado a máquina de lavar recém-adquirida e que tem três prestações por vencer, a moto cuja última parcela foi quitada nas semanas anteriores, a comida do mês que ela comprou fiado por R$ 150 e que prometeu pagar no dia 5.Sem falar no emprego de costureira na cooperativa do bairro e onde também trabalhavam a filha, a irmã e a cunhada. Tudo foi por água e terra abaixo."Quem morreu pelo menos descansou. Triste é ter que ficar e suportar toda a tristeza", afirmou ela, ao ser localizada pela Folha num abrigo em Gaspar, quatro dias após seu resgate pelo Exército.Hoje ela deverá ir embora de lá com a família para outro alojamento, em Ilhota, por ser habitante do município."Estamos sem emprego, sem casa, sem dinheiro, só vivendo de favor", disse.Teresinha sempre morou no Alto do Baú, mas já foi informada: "nunca mais vai dar pra voltar". Ou então, se conseguir retornar, dificilmente encontrará o imóvel em pé, pois é cercado por um rio.No dia do resgate, ela, seu marido, Maureci, 37, e os três filhos (Jéssica Thais, 16, Tiago Augusto, 9, e Nathan, 3) ficaram por mais de dez horas olhando para cima à espera da ajuda anunciada por vizinhos e pela emissora de rádio. "Quando chegou, a gente nem acreditava", contou. (ALENCAR IZIDORO)






São Paulo, quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Texto Anterior Próximo Texto Índice Prefeitura desocupa edifício Mercúrio, prepara demolição e planeja praça no local
EVANDRO SPINELLIDA REPORTAGEM LOCAL A prefeitura concluiu ontem a desocupação do edifício Mercúrio, no centro da cidade. O Mercúrio e o edifício São Vito, já desocupado, serão demolidos para a construção de uma praça, como parte do projeto de revitalização da região central.O Mercúrio já foi desapropriado, mas um grupo de sem-teto invadiu o edifício novamente em dezembro. No mês passado, a prefeitura conseguiu um mandado judicial para a desocupação do prédio e cumpriu a determinação ontem.De acordo com o governo municipal, eram 25 famílias de inquilinos ou invasores que ocupavam irregularmente os apartamentos. Na desapropriação, os antigos proprietários receberam indenizações de R$ 25 mil a R$ 35 mil. Os inquilinos ou invasores receberam R$ 2.400, equivalente a cerca de seis meses de aluguel na região.Estudos da Secretaria Municipal de Habitação apontam que a reforma dos prédios é inviável. Cada apartamento custaria até R$ 90 mil, sendo que atualmente apartamentos populares não custam mais de R$ 50 mil. Haveria ainda o custo de manutenção do condomínio, que não é barato em um prédio de 30 andares com elevador.A demolição também não vai sair barata: R$ 9,3 milhões, ou o suficiente para construir 186 apartamentos populares.A licitação para a demolição dos edifícios foi aberta pela prefeitura, mas uma liminar da 14ª Vara da Fazenda Pública suspendeu o processo no início de dezembro a pedido da empresa Dial Demolições e Implosões, interessada no serviço. A empresa aponta irregularidades no edital, como a não-exigência de um engenheiro de minas responsável e a indefinição sobre a destinação do entulho resultante da demolição.No local, será construída uma praça de 5.400 m2.





São Paulo, quarta-feira, 11 de março de 2009
Texto Anterior Próximo Texto Índice LEITOR DIZ TER FICADO PRESO EM TREM DA CPTM
O leitor Sandro Costa Andrade reclama que, no último sábado, por volta das 17h30, ficou preso por mais de uma hora em um trem da CPTM, após embarcar na estação Barra Funda. Segundo ele, o operador do veículo não deu explicações sobre o problema."Era possível escutar choro de crianças assustadas e pessoas irritadas ao celular", diz Sandro. Após algum tempo, outro trem estacionou no trilho ao lado e, segundo o leitor, usuários disseram que funcionários da CPTM estavam orientando a pular de um trem ao outro, sem segurança alguma. "Vi pessoas caírem na via. Com certeza, se machucaram."
Resposta: Fortes chuvas prejudicaram a circulação de trens na região da Barra Funda no dia citado, diz a CPTM. A empresa afirma ainda que foi preciso acionar outro trem para socorrer a composição em que estava o passageiro.




São Paulo, terça-feira, 07 de abril de 2009
Texto Anterior Próximo Texto Índice Sismo atinge patrimônio histórico de sete séculos
Segundo Ministério da Cultura, centro da cidade de Áquila "foi devastado"Museu, castelos e igrejas construídas desde o século 13 em estilos renascentista, gótico e barroco foram "seriamente danificados" DA REDAÇÃO
Além do saldo de vítimas do terremoto que atingiu a região italiana de Abruzzo, autoridades já contabilizavam ontem os primeiros danos ao rico patrimônio histórico local. A cidade de Áquila e vilarejos ao redor abrigam igrejas e castelos renascentistas, góticos e barrocos -alguns deles do século 13."O dano é mais sério do que podemos imaginar. O centro histórico de Áquila foi devastado", disse Giuseppe Proietti, um alto funcionário do Ministério da Cultura. Segundo ele, um levantamento mais preciso dos prejuízos ao patrimônio histórico ainda não foi feito.A cidade de cerca de 70 mil habitantes está localizada em um vale cercado pelos montes Apeninos, cobertos de neve nos topos. Fundada por volta de 1240 pelo imperador romano Frederico 2º, durante os seus séculos de história chegou a ser dominada por franceses e espanhóis, que também deixaram ali seus legados arquitetônicos.Segundo informações preliminares, entre os locais danificados conhecidos está a Basílica de Santa Maria di Collemaggio, do século 13, que teve a parte de trás toda destruída. O local, destino de milhares de peregrinos, foi sede da entronização do papa Celestino 5º, contemporâneo à fundação da cidade, e abriga seu túmulo.As igrejas barrocas de Santo Agostinho e do Sufrágio -esta localizada na principal praça do centro histórico, a Piazza del Duomo-, ambas do século 18, tiveram desmoronamentos parciais nos seus domos.O campanário da igreja de San Bernardino, do século 15, que resistira a sucessivos terremotos ao longo da história, desmoronou.O Museu Nacional de Abruzzo, fundado em 1950 e localizado em um castelo espanhol do século 15, teve o terceiro andar comprometido, impedindo por ora o acesso a pinturas e obras de arte dos séculos 17 e 18 mantidas no local. Segundo autoridades, o risco de desmoronamento dificulta as buscas.O Portão de Nápoles, uma das cinco entradas do centro histórico de Áquila, construída em homenagem ao imperador romano Carlos 5º, segundo a agência Ansa, foi destruída.Os banhos termais de Caracalla, em Roma (a 100 km de L'Aquila), erguidos no século 3, também sofreram danificações. Segundo a prefeitura da capital italiana, "especialistas constataram alguns danos, que deverão ser avaliados com maior precisão". Outros monumentos da cidade, como o Coliseu, não foram afetados.Para Proietti, os prejuízos poderão ser "muito similares" aos do terremoto na região da Úmbria, em 1997, que matou dez pessoas e devastou construções e igrejas medievais como a Basílica de São Francisco de Assis, na cidade de Assis. O teto do local, destruído na ocasião, foi depois restaurado.Proietti disse, porém, que os danos ao patrimônio histórico de Áquila e de 26 vilarejos vizinhos só poderão ser estabelecidos com precisão depois que forem concluídas as buscas por sobreviventes da tragédia.Segundo Alessandro Clementi, estudioso de Áquila, a cidade já havia sido atingida por um terremoto de grande magnitude em 1703, sendo depois toda reconstruída. "O que corremos o risco de perder é um ponto de referência da civilização europeia", afirmou.
Com agências internacionais e o "New York Times"

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